domingo, 3 de abril de 2011

Bispos Evangélicos x Roubo de Bancos (!!!)

MP Investiga denúncia contra bispos

Foto:Tahiane Stochero / Diário sp

O Ministério Público está apurando informações sobre um suposto envolvimento de Edir Macedo Bezerra e Romualdo Panceiro (líderes da Igreja Universal do Reino de Deus) em lavagem de dinheiro do roubo ao Banco Central de Fortaleza.

A denúncia partiu de Edilson Cesário Vieira, ex-membro da Igreja Universal, que afirma ter presenciado um homem chamado de Alexandre, procurar por Edir Macedo para entregar uma quantia no valor de R$ 200 mil no ano de 2006.

De acordo com Edilson a doação, ocorreu em uma sala de reuniões no 4º andar da igreja central em São Paulo, localizada na Avenida João Dias, em Santo Amaro, Zona Sul da capital.

Segundo as investigações, o dinheiro poderia ser parte dos R$ 164 milhões roubados do Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005. Na época a Polícia Federal recuperou apenas R$ 12 milhões e indiciou 96 pessoas pelo crime. Entre os indiciados, um homem foi preso por estelionato e lavagem de dinheiro e está sendo investigado sob suspeita de ter sido doador ilegal à IURD, conforme divulgado no Diário de São Paulo.

Em seu depoimento Edilson Vieira, afirma que Alexandre era frequentador da igreja, e procurou Edir Macedo na noite de uma segunda-feira para entregar R$ 200 mil que havia adquirido de “um roubo ao Banco do Brasil”, porque queria “se redimir pelo crime”.

“O bispo Romualdo mandou um carro blindado pegar o dinheiro na casa do Alexandre, em Ermelino Matarazzo. Duas horas depois, chegaram com duas pastas pretas. O Alexandre jogou o dinheiro na mesa, ainda com lacre”, descreveu o ex-fiel.

Ele fez a denúncia porque diz ter sido usado pelos líderes da igreja como “laranja” em lavagens de dinheiro, adquirindo uma dívida de R$ 380 milhões em nome da Universal. A igreja responde atualmente a 64 processos na Justiça paulista.

“O Edir Macedo mandou o Alexandre se ajoelhar e rezar, gritando que todos deviam fazer como ele”, conta Edilson Vieira. “Dinheiro a gente recebe, não importa de onde vem”, teria dito o dirigente da Universal, segundo o relato ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).



Sem comentários:

Enviar um comentário